No âmbito das suas investigações das raízes humanas, Rocolo fez um exercício consigo próprio para descobrir quem era ele num momento muito específico, fez para isso uma experiência que necessitava do seguinte material:
- Uma folha de papel em branco
- Uma caneta (que não permitisse corrigir o que se escrevesse)
Começando então a escrever quem era ele naquele preciso momento, sendo que para isso seguiu as seguintes regras:
- Cada traço desenhado teria de ser o mais “instintivo” possível, isto é, teria de ser fruto de um reflexo imediato (teria de ser desenhado o mais rapidamente possível com a primeira ideia que lhe surgisse na mente).
- Cada traço poderia e deveria ser inspirado:
- no estado anterior da perceção da folha de papel no seu todo.
- no momento e/ou do traço imediatamente anterior (uma reação ao presente/passado que acabou de terminar). Assim Neste contexto o primeiro confronto (referência de inspiração) foi com o espaço vazio da folha de papel, e de seguida os seguintes confrontos foram com o traço imediatamente anterior e o total dos traços desenhados na folha de papel.
- Não poderia apagar “traços”, pois não se podia arrepender de ser quem era naquele preciso momento, mas sim aceitar e construir a partir daí, através dos traços seguintes, um contexto para esse traço (que queria apagar), que permitisse obter o aspeto pretendido para o desenho futuro onde esse traço aparecerá depois e afinal, como mais um elemento integrante do bonito desenho final (isto é, construir o presente aceitando o que se é sem preconceitos ou geração de problemas, pois tendo uma visão do futuro que pretendemos para nós, podemos contextualizar devidamente esse presente através das ações seguintes de forma a permitir a médio longo prazo construir o futuro que idealizamos/visualizámos).
Eis o resultado dos “Traços do Instinto”, dos reflexos de Rocolo no preciso momento da experiência, aqui podem ler-se os traços naquele momento espaço tempo único e irrepetível: