A terra está sempre a rodar, a tecnologia em evolução tudo num ritmo imparável e constante, temos de correr constantemente para afinal nos mantermos num mesmo ponto, e assim termos as nossas referências (que no final são quem nos define) … quem precisar de parar para descansar, viajará para um lugar estranho, perdendo todos os seus pontos de referencia (pois o mundo esse não pára)…
Se-calhar o artista criador é o que gosta de parar para pensar e deste modo viaja para lugares estranhos onde encontra novas referencias e novos mundos…
Se-calhar grande parte das pessoas estão sempre a correr desenfreadamente para afinal se manterem toda a vida num mesmo e aparentemente confortável ponto, evitando assim o “desagradável desconforto” da ncessidade de autossuperação (consequência da perca de referências)…
No âmbito do meu projeto as referencias são também as nossas raízes, neste caso específico a “musica das raízes”. Fazendo assim uma relação com o pensamento exposto acima, pode-se considerar que alguém que viaje para lugares estranhos sem levar consigo as suas raízes/referencias dos lugares anteriores, antes demais nem sequer notará que aquele é um lugar estranho… como tal não estará habilitado para poder usufruir dessa estranheza transformadora.
© Paulo Bastos (06/12/2017)
(Inspirado na arte de Yoann Bourgeois)