Musica 2 – Arco Íris

Peça 2: Arco Íris

Esta é uma peça original, escrita para o cavaquinho modelo rural minhoto, é uma peça no formato tema com variações com o objetivo de demonstrar o potencial de técnicas que podem ser aplicadas ao cavaquinho.

 Contexto na performance “Raizes no Ar”

Segundo RoCoLo, cada técnica utilizada na peça em cada diferente variação do mesmo tema, é utilizada como um recurso para definir uma textura sonora diferente desse mesmo tema, com a finalidade de representar assim, uma relação direta de um para um com cada uma das cores do Arco Íris (sete técnicas / sete sonoridades / sete cores).

O conceito e o próprio título da peça, bem como o seu caracter alegre e a sua simplicidade temática, pretende remeter para uma viagem ao passado (à música infantil e melodias tradicionais que se ouvem em criança), um regresso ao “local espaço tempo” da criança que fomos, aos valores que então cultivávamos, ao fascínio por tudo o que nos rodeava e particularmente pela magia que víamos em quase tudo e particularmente na natureza. Nesta peça essa magia é representada, assim, por um dos seus mais emblemáticos e fascinantes símbolos o Arco Íris (daí o título da peça).

RoCoLo afirma, que se pretende que após esta viagem e respetivas recordações dessa criança que fomos, sejam feitas interiormente algumas interrogações tais como: onde está hoje essa criança? Ainda existme, vestígios dela? Quais eram os seus sonhos? Estes foram realizados? A magia do seu olhar e fascínio pelo que nos rodeia ainda existe?

Influências estéticas

Esta peça tem influência na música tradicional portuguesa e na música infantil. Tem também inspiração no ritmo da chula (dança trdicional).

Técnicas utilizadas

Na mão direita:

  1. Tema com acompanhamento com dedo p entre duas cordas alternadamente e utilizando dedos i, m para fazer a melodia. Na segunda parte do tema utilização em simultâneo de dedos p,i e m,a alternadamente
  2. Arpejo ascendente de três notas com os dedos p,i,m
  3. Melodia em tremolo com acompanhamento em simultâneo, com utilização de quatro dedos: p,a,m,i. O acompanhamento é feito pelo dedo polegar (p) e melodia é feita na linha do tremolo com dedos a, m, i.. Uma variante desta técnica utilizada é execução da melodia do tema com o dedo polegar (p) e o acompanhamento no tremolo feito com os de dos a, m, i.
  4. Acordes em bloco com melodia destacada, utilizando constantemente os dedos p,i,m,a, com um ritmo de influência em “bossa nova”.
  5. Arpejo ascendente seguido imediatamente de arpejo descendente, nas quatro cordas, com os dedos p,i,m,a,m,i,p.
  6. Tema na primeira corda com tremolo em acompanhamento na segunda, com os dedos a na primeira corda e m, i na segunda.
  7. Inclusão de rasgado de quatro em quatro semicolcheias, com base na técnica da música da guitarra espanhola (flamenco), com a sequencia de dedos: m,p,p,m

 Interação público

Dança

Nesta peça foi pedido à monitora de Danças tradicionais do mundo Renata Silva para criar uma dança/coreografia original com inspiração nas danças de roda e na dança da chula (dança tradicional). Esta é assim uma coreografia original que é dançada na performance.

 Interação software “Audience Connection”

As pessoas a dançar no palco serão escolhidas aleatoriamente pelo software de entre o grupo de pessoas que ao registar-se selecionou que tinha conhecimento a nível de danças tradicionais.

As restantes pessoas poderão animar em tempo real o cenário utilizando o software, para precisamente regressarem simbolicamente ao tempo dos “desenhos para colorir” frequentemente dados às crianças.

 

Mais detalhes no Documento de Dissertação de Mestrado: PauloBastosDAP_MestradoMusicaPerformance_20180706Final.pdf

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